Último post do ano - Dicas e Recomendações.



Sim minha gente, voltamos com a programação normal. O último texto do ano. Depois de ser abduzido por forças obscuras, voltamos de um enorme hiato entre as postagens. A anterior foi como um lavar de alma que eu fui compelido á fazer. E se você leu o texto anterior, sabe como fui impressionado por ele.

Fiquei um tempo sem escrever, por que estava começando a me questionar sobre o que eu posto no Blog e sobre o formato dele. Um amigo - que tem um blog bem famosinho, mas me recuso a divulgar por recalque - me disse que se eu me centrasse em um tema específico seria mais fácil obter mulheres, automóveis e iates... 

Eu particularmente, não sei o que pensar. Esse Blog não tem um objetivo concreto. No começo, era um Blog sobre política e comportamento, depois virou um blog de crônicas - que já fiz o favor de apagar. Quando mudei de plataforma mudei de conteúdo e centrei o blog em coisas como filmes, séries, quadrinhos, livros etc... E assim ficou. Não tem muito conteúdo e nem é bem organizado. Mas é o que tem e vai ficar assim mesmo.

Todo o dinheiro que recebo com este Blog...

Assim, vamos começar com as minhas recomendações.

Muito bem. Eu li e assisti muita coisa nesses últimos tempos. Mas não me lembro muito bem de tudo, por causa do abuso de álcool. Essas então, são as que considero mais importantes.

E pra abrir a lista, esta série que já é velha - para os padrões acelerados da modernidade - mas que eu não tinha visto ainda.



Cacete meu, que série...

Então, como disse antes, eu não havia visto a série ainda. Foi por recomendação da minha irmã que fui ver qual que era. Minha irmã, me recomenda coisas sensacionais como Doctor Who por exemplo, no entanto me recomendou também o Legends of Tomorrow que achei uma bosta - bem como quase todas as séries atuais da DC... Então fiquei bem cabreiro sobre essa série.

Contudo, a série é magnífica. É sobre um cara antissocial que trabalha numa empresa de segurança digital de dia e é Cracker a noite.

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É, mas para por ai. A série só tem essa premissa inicial para desenrolar uma trama complicada e muito sombria sobre os impactos da união da tecnologia unida ao dinheiro na vida do homem moderno, em todas as estruturas sociais.

A série, além de ter um tratamento exemplar em fotografia, trilha sonora original e não oficial, figurino, locações etc... Tem um roteiro com personagens muito bem descritos. Mas o que mais me impressionou nessa série é a descrição dos níveis de maldade das pessoas. E a que ponto elas se degradam e deixam de serem humanas em nome do dinheiro e do prazer. Ainda estou na primeira temporada, mas gostei de tudo o que vi - exceto a cena gay, por motivos evidentes...

A outra série que recomendo e que você pode assistir de uma paulada só é esta:



F is for Family, ou F de Família.

É uma série que poderia chamar F de Família Foda...

É simples: A vida de uma família americana nos anos 70. Não muito diferente de That '70s Show, por exemplo. Mas a série é feita pelo comediante Bill Burr. E dai você já pode imaginar. O que me atraiu foi mais a questão da nostalgia mesmo. É uma série que apesar de ter alguns momentos bem tensos - não dá pra assistir com sua mãe por exemplo... Mas claro, depende de como é sua mãe, mas não recomendo - é uma série como qualquer outra que era transmitida na TV nos anos 80/90... Sei lá, eu sou bem tradicionalista, vocês sabem, raramente gosto de filme sem final feliz etc... E acho que essa série meche com uma nova fase da minha vida e acho também que é muito pessoal. Mas seja como for, é uma série muito boa que recomendo...

E por falar em família e tradição (só faltou propriedade heim...) este é outro filme que fui ver...

A Estrela de Belém - Timothy Reckart - 2017

Ora, fui ver tradicionalmente com minha família...

Não é hora de falar sobre isso ainda, mas alguns de vocês que acompanham o blog á algum tempo e perceberam a mudança de alguns temas dos textos, devem se perguntar: "Ora, agora ele é de direita?". Não sei se eu devo mesmo dar alguma explicação sobre isso. Mas seja como for, não me considero de direita, mas acho que nem de esquerda. Não me considero apolítico, isso simplesmente não existe. Mas, com disse, aqui não é hora pra isso e depois eu decido se escrevo um texto sobre minhas convicções atuais ou não...

Mas estávamos falando da Estrela de Belém...

Sim, esta animação feita por um diretor pouco (ou nada) famoso é sensacional. Não vou bater na mesma tecla. todo mundo tá cansado de saber a história do Natal. E ainda que todo mundo saiba, esse diretor foi ousado em colocar o filme sob a narrativa das únicas criaturas que o mundo respeita mais que os humanos: Os animais. Ou não?







Acho lindo tudo isso... Pet Friendly Vs. Child Free... Olha só, minha mulher me diz que eu odeio os seres humanos. Devo dizer em minha defesa, que não odeio todos. Mas eu garanto, que os que eu odeio se esforçam bastante pra que isso aconteça...

Pois bem.

Nessa época em que animal é melhor que gente, esse diretor colocou os animais pra falarem de Deus. E não torce o nariz não, por que vocês estão carecas de saber que sou cristão.

Eu amei esse filme, de coração. As alegorias são simplesmente perfeitas. Sobre sonhos, vidas que gostaríamos de seguir, contra a vida que devemos seguir. Sobre ouvir o chamado de Deus etc...

É estranho falar sobre isso. Deveria ser uma coisa óbvia, mas o Natal deveria ser sobre isso. Foi pra isso que Jesus nasceu. Pra nos chamar... Veja, Jesus nasceu pra nos chamar e morreu pra nos salvar. Dia 25 agora comemoramos o Natal, mas nos esquecemos o por que...

Bom, agora vamos pro próximo tema, antes que a Rede Record queira comprar o Blog... E eu sou católico...

E o próximo é:



Pois é...

Essa série é sensacional. Eu amo viagens no tempo e coisas do tipo. E pensando bem, tem mais duas coisas que vou recomendar aqui que tratam do mesmo tema...

Enfim, seja como for, desde Doctor Who - O qual me recuso a assistir daqui pra frente - percebo que uma série de outras mídias tem feito trabalhos muito bem feitos usando esse tema de viagens temporais. Até então, Doctor Who era pra mim o suprassumo dos roteiros cronológicos. Mas percebi que existem outras formas de abordagem. Como a do Rick e Morty.

Essa série é uma paródia, muito podre no bom sentido, do filme De Volta Para o Futuro. Mas como disse, muito podre. Rola de tudo de bizarrice que se pode imaginar, mas isso da o tom da série que já vai pra terceira ou quarta temporada. Tem alguns defeitos que eu mudaria e uns episódios que eu finjo que não existe, mas de resto é sensacional.

Eu ia escrever em outra ordem, mas decidi colocar por temas. Então o próximo é este:

Don't Hug Me, I'm Scared

Essa série é de 2011, criada por Rebecca Sloan e Joe Pelling. Minha Nossa Senhora...

Olha só, essa série é uma série de terror sobre viagem no tempo. É tipo o Vila Sésamo do mal... Tem seis episódios e você tem que procurar no You Tube. Tem legendado.

Terror é, como sempre digo, algo muito peculiar. Você pode assistir e achar uma merda, mas essa série me perturba muito. Principalmente o episódio 02. Ela não tem nada de mais visto de cara, mas o modo semiótico que os diretores apresentaram a série é sensacional. Parece coisa que vem da Deep Web, sei lá. Assista e veja, mas já vai sabendo que é bizarrice...

Quem lembrar dessa ganha meu aplauso...

A próxima indicação é sobre viagem no tempo também.

O Remake de Os Caça-Fantasmas que deu certo...

Me veio a cabeça agora, que saiu a segunda temporada de Stranger Things e eu não escrevi nem uma linha sobre ela. Mas como não me preparei pra falar sobre ela ainda, vou resumir: Achei a série foda demais, em tudo. Só achei o começo e o episódio 07 uma merda. Só está lá pra pagar o tributo do politicamente correto, pode servir de gancho pra próxima temporada, mas acho desnecessário que tivesse sido colocada agora e totalmente fora de contexto. A única explicação que vejo pra isso é inserir mal e porcamente um episódio que cumpra com as políticas culturais da Netflix. Já que a série em si não gira sob essa temática, mas que ficaria muito branco-opressor-fascista de admitir. E antes que você me chame de alguma coisa com -ista saiba que o diretor Matt Duffer disse isso aqui:

“Se funcionar ou não para as pessoas, [o episódio] nos permitiu experimentar um pouquinho. É importante para mim e para Ross tentar coisas diferentes e não sentir que estamos fazendo a mesma coisa de novo e de novo. É como fazer um episódio-piloto no meio da temporada, o que é algo meio doido de se fazer. Mas foi muito divertido de escrever, de escalar o elenco e trabalhar no episódio”

Eu tenho um problema sério: Eu não gosto de gente me xingando. Eu simplesmente não consigo ouvir mais nada. Me da sono e preguiça e eu simplesmente desligo. Nada do que eu ou a Netflix faça agradaria esses grupos políticos, simplesmente por que são grupos tóxicos. Eles são o cego que não querem ver.

Mas ai você poderia dizer: "Ora, mas você é o surdo que não quer ouvir" É, poderia. Mas o que eu faço é reação. Para esses grupos não há consenso. Todo o discurso é criado de acordo com regras quase imperceptíveis onde eu estou errado automaticamente, por ser o que eu sou sem escolha. Como por exemplo, ter nascido homem. E ai de mim, que não escolhi mudar de sexo ou opção sexual. Nesta hora, de cara a discussão acabou por princípios inegociáveis primordiais.

Quer ver como acontece? Assista este vídeo. E você vai ver que na prática, você está errado por que existe.

Se não tem consenso, não tem discussão. E se não tem discussão, pra que eu vou dar ouvidos?

E é precisamente isso que eu sinto quando vejo estes "episódios 07" e outras coisa do gênero em tudo o que é mídia atualmente: Uma grosseria, uma presunção preconceituosa de que todo o público é um potencial machista-estuprador-cristão-tradicional-opressor - ou se for uma mulher discordante, uma reprodutora de machismo histórico. Ouço essas pessoas me xingando, simples assim. E por isso, finjo que não estou escutando e sigo em frente.

Dai, por falar em seguir em frente chegamos á esta que se propõe ser o Stranger Things de adulto:



Olha só, uma coisa tem que ser falada. A Netflix tá de parabéns...

Dark, pra mim, é a série do ano. E olha que assisti muita coisa esse ano. Dark faz os roteiros de Doctor Who e Stranger Things serem livros de ensino médio... Tudo, absolutamente tudo nesta série, é sensacional. E tudo o que eu sempre prezo como trilha fotografia bla bla bla... São impecáveis. A série é tão boa que não consegui não assistir tudo de uma vez.

Só o final que foi meio estranho, por que joga o espectador pra próxima temporada direto sem muita explicação. A sensação é que a série cortou no meio. Não que acabou, mas que vão continuar a temporada no ano que vem, sei lá, quem sabe...

Mas de resto. É o melhor roteiro e narrativa que já vi numa série. As intersecções entre personagens, passado, presente e futuro, histórias que se repetem, padrões de comportamentos hereditários, influencia intertemporal, narrativa de tragédia grega... Enfim, não me lembro de ver algo de tão alta qualidade há muito tempo. Lembra um pouco Lost, mas é uma pegada mais... Mais... Enfim...

Não dá pra falar muito sobre ela sem estragar, é a história de quatro famílias alemãs unidas por uma tragédia temporal. Assista e depois me diga o que achou...

Ah, por falar em melhores do ano, essa aqui é a segunda melhor série do ano. Se não a segunda primeira...



Cacete meu... Nem sei o que falar dela...
 Olha só, se você leu minha crítica do Demolidor da primeira e segunda temporada, percebeu que eu amei o Justiceiro e não sabia muito o que escrever dele. Diferente do Dark, Justiceiro está pra mim como melhor série do ano pelo mesmo motivo que amei o Logan. FAMÍLIA...


Não vou entrar nesse mérito de novo, mas a série é foda. Do começo ao fim. A Marvel tá cagando nas HQs, mas no cinema e nas séries tá dando de dez na DC. - exceto é claro contra a Liga da Justiça...

E o final, minha gente... Eu assisti aquele final com uma lágrima grossa pendurada no óculos... Como disse agorinha, a Netflix tá de parabéns...

E pra fechar minha sessão de elogios á Netflix meus honorários estão sendo depositados conforme o combinado, obrigado, de nada. Este filme que foi uma surpresa de bom...

The Babysitter - Brian Duffield - 2017

Brian Duffield, o cara que fez a série Divergente/Insurgente, fez esse filme que poderia facilmente estar na sessão da tarde nos anos 90... E não torce o nariz não. Lembra disso aqui? Pois é...

E é por isso que esse filme é tão bom. Mas ao mesmo tempo, por que é bem feito demais. Não tem um roteiro muito óbvio, nem personagens muito previsíveis...

A história conta sobre Bee que é babá de Cole, um adolescente inseguro com a vida etc... Só que a babá é satanista...

CreimDeusPai... 

Você poderia dizer um belo Deus me dibre, mas olha só o naipe da Bee...


Tinha tempo que não fazia dessas... 

Pois é... Assim fica difícil...

E no filme isso é explorado. Por que ela só é assim, por que fez um pacto com o ursinho... Digo... Bom, assista o filme e depois me fale. É diversão garantida. É lógico que a Netflix pagou o tributo do politicamente correto, mas o filme é ótemo assim mesmo...

Fico pensando num argumento que as pessoas usam contra mim quando eu digo que não curto essas paradas. Outro dia vi um post sobre a Marvel ter cancelado uns títulos lacradores por que não tiveram vendas. E a desculpa era de que o público é reacionário e fascista. Mas se você reparar bem, tirando a Estrela de Belém, quase tudo o que listei aqui, e em todo o blog, dificilmente entra no que se enquadra como moral e reacionário. E isto por que são ótimos trabalhos, criativos e que na medida do possível, não insultam o espectador á todo momento. É simples. Escreva um bom roteiro, um foda mesmo, que as pessoas vão ler/assistir. Respeite o espectador que ele fica até o final. Simples assim. Agora escrever coisa bosta pra lacrar e esperar que as pessoas engulam só pra não serem taxadas de preconceituosas é no mínimo mal caratismo. Por exemplo...

Atomic Blonde - David Leitch - 2017



Filme foda. Sem mais. Filmaço que a mina é uma espiã na guerra fria e uma versão full power mulher bissexual do John Wick. Pergunta, vou perder por que é uma mina bissexual? Foi por pouco. Por que eu tava com preguiça achando que ia ser mais um desses lacradores. Mas o filme é o que toda lacriane deveria assistir pra sacar como fazer um filme de "diversidade" e não ser grosseiro com o público... A trilha sonora parece com a que eu escuto no meu dia a dia: David Bowie, Queen, Siouxsie and the Banshees, The Clash, New Order, George Michael e A Flock of Seagulls (I Ran, essa aliás, está no Netflix's Dark também) e Public Enemy. Todas já citadas em outros posts. E a fotografia então... É um sonho...

Acontece que os movimentos sociais, sempre foram movimentos de revolta social. Movimentos onde a resistência e a luta era muitas vezes a única opção contra a opressão. Mas ai que chega a era da internet e do revolucionário de sofá. E todo o discurso combativo é levado para a esfera do cotidiano. Resultado: Um bando de gente grosseira e de vocabulário agressivo achando que está levando a liberdade e a justiça para as minorias por que é grosso com os colegas de trabalho e familiares.

Agora a última indicação do ano...

Gran Torino - Clint Eastwood - 2008 
É, pois é...

Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Fui influenciado pelo filme, ou gostei do filme por que ele condiz com o que penso? Fica a dúvida...

Muita gente odeia o Gran Torino por que acham o filme mais fascista-branco-opressor que o Clint já fez em toda a carreira. Mesmo ele tendo feito aquela merda do Sobre Meninos e Lobos que inclusive levou não um, mas DOIS Oscars...

É um mistério...

Eu amei o filme por vários motivos, mas principalmente por que é um filme que trata de escolhas e perdas, de honra e valores. Em resumo, um filme tradicional...

Deixei este pro final, por que sabia que era esse que ia ficar na sua cabeça. Você provavelmente já assistiu algumas coisas - se não todas - da lista que coloquei. Mas provavelmente não assistiu os tradicionais. A pergunta que eu faço é: Por que?

Nessa onda de descontrução em que vivemos, o que fica no lugar? É por essas e outras que odeio o Nietzsche... Ele acha que destruindo tudo, viraremos super-homens... Übermensch.

Mas entenda: Não existe vácuo de poder, sempre haverá algo no lugar. Isso tudo é muito bom na teoria. Mas e na vida real? No seu trabalho, na escola, na faculdade, com seus amigos. Será que isso se sustenta? Destruir tudo e colocar o que no lugar? Qual a cultura de hoje? Pabllo Vittar?  Ou a Anitta que é considerada a mulher mais importante do brazil com Vai Malandra, num pais onde Heley Abreu, uma "tia de creche", uma professora; morreu pra salvar as crianças da creche em um incêndio criminoso em Janaúba - Mina Gerais.

Prioridades...

Tá certo que a cultura musical do Brasil nem sempre foi uma maravilha. Mas já tivemos nosso Geraldo Vandré, Cazuza e Elis... Hoje em dia, o que importa quando muito, é malabarismo vocal como no The Voice...

Falta respeitar a tradição... Dois erros, não fazem um acerto.

Mas o importante é que...

E lacrastes bem...

*** 

É isso minha gente, fico por aqui. Sinto muito se fui uma decepção pra vocês. Mas ainda restará os baluartes da internet como Felipe Neto e Jout Jout, e sem mim, vós não ficareis orfãos... Pois bem. Aos outros, obrigado por me acompanharem pacientemente até este que será o último post de 2017. Foi um dos melhores anos da minha vida, até hoje, e espero que está lhe chegue igual. 

Muita paz, saúde e tudo de bom a todos e até ano que vem, se Deus quiser!

Abraço a si e aos seus!

Cordialmente.

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