Attack on Titan - Filme Vs. Animê



Voltei povo voltaiko! Legião de haters insandecidos! Mãe, pai e vocês seis aí!!

Hoje, como você pode ver pelo gif extraordináriamente flodado, vamos falar sobre uma série que vem lá da terrinha...

Sim, da terrinha mágica, da terrinha da insanidade sem limites (que só é superada pela Rússia e pelo Brasil, principalmente depois do último domingo)

Minha vida tem degringolando por vias estranhas, e recentemente comecei a retroceder nos gostos, passando a voltar para o submundo dos Animês e Live-Actions...

Sim amiguinho, é um triste mundo de vício sem limites, e o maior responsável por isso é este Animê aí...

Então, senhoras e senhores, hoje, o Cérebro Voltaiko apresenta: Shingeki no Kyojin, ou ainda, 進撃の巨人, ou mesmo Attack on Titan e por que não dizer: Ataque dos Titãs.

Então, dá o play e pau no gato minha gente.






Sobre a cultura japonesa no Brasil

Antes de falar sobre Ataque dos Titãs, quero falar disso primeiro... Bom, primeiro devo dizer que o animê nunca chamou minha atenção. Houve uma época em que eu era um otaku daqueles bem malucos, de fazer apresentação de cosplay em Anime Friends, colecionar animê, mangá, Garage Kit, usar bandana do Naruto na rua (OOOOpa, mas era no começo e ninguém conhecia), se dizer Visual-Key, Ouvir umas bandas japas, usar trocentos botons de mangá na mochila e essas coisas todas...

Expectativa

Realidade


Porra, eu sempre fui nerd Lvl +99, isso nunca foi problema pra mim... Acontece que o capitalismo se aproveita de tudo, e nem sempre os efeitos são muito bons.

Lembro que tudo acabou em 2008.

Como eu lembro? Há. Foi o ano do centenário da Imigração Japonesa no Brasil...

Tá, mas que que essa caralha tem a ver com animês? Bom, tem que nessa época a "invasão japonesa" que começou no final dos anos 80 e continuou pelos anos 90 na saudosa Rede Manchete, (mais precisamente 1999, quando o canal fechou) chegou ao seu auge.

Se você era Otaku nessa época - E não um poser - você deve se lembrar que houve uma exploração absurda de tudo que era da cultura Japonesa no Brasil: Animês, Mangás, Card Games, bandas japonesas, evento de Otakus, explosão de visitas no bairro da Liberdade - Nossa, isso então dava um capítulo a parte - aumento de títulos publicados no Brasil, cobertura diária da mídia e por aí vai.

Mas como disse, nem sempre quando o Capitalismo se apropria de alguma coisa, o resultado é bom. (na verdade eu diria que nunca é, mas pra efeito técnico, fica por isso mesmo) e com o mercado de produtos culturais asiáticos (digo asiáticos, por que havia os mangás coreanos no balaio também) não foi diferente.

Mas, como Roma bem nos ensinou, depois do auge, vem a queda... E não foi diferente com a invasão japa.

E

Nem vai ser diferente com os filmes de super-heróis... Triste ou não, é só esperar...

E por que não foi diferente?

Por que o Brasil, não é o Japão.



É amiguinho, mas não é tão óbvio assim não... Prova disso é que você mesmo, tem grandes chances de algum dia ter fingido mentalmente, que estava no Japão... Seja em um restaurante japonês, ou mesmo andando nas ruas estilosinhas da Liber...

Particularmente, eu não vejo problema nisso. O problema é que o tem algumas peculiaridades que foram um belo de um tiro de 12 no pé...

Por exemplo.

O brasileiro médio não gosta de ler, estatisticamente, tem mais livrarias só em Buenos Aires do que no BRASIL TODO. e além de não gostar de ler, ele não gosta de nada muito complexo, tanto é que o que faz sucesso aqui é One Piece e Dragon Ball Z.

E ó, NADA CONTRA, nada em absoluto. É uma análise só.

Tanto é que eu mesmo, AMO Dragon Ball Z e semelhantes, contudo, eu leio de tudo. Meus mangás/animês certamente não estão no gosto dos brasileiros médios, tanto é assim também, que por falta de vendas foram cancelados (escrevi sobre isso aqui).

O padrão do HUE-BR é esse, luta e romance babaca, simples assim.





Só que o padrão do japonês não é esse. O japão, como bem se sabe, investiu pesado em educação, sendo que possui uma das maiores cargas horárias escolares do mundo. O japonês médio estuda muito e por consequência lê muito e, também como consequência, é mais exigente.

Isso não quer dizer que eles sejam melhores que nós HUE-BR... Basta lembrar que a taxa de suicídio deles é extraordinariamente maior também...

Bom, o resultado disso no Brasil foi o seguinte: Com o tempo, as empresas de distribuição de mangás e animês (que são o carro chefe da cultura JP) começaram a trazer todos os tipos de títulos, mas o brasileiro queria alguma coisa no padrão HUE-BR e essa coisa não aparecia nunca. As compras caíram e os títulos também. Pode ver que o que mais teve foi relançamento de mangás como edições de luxo.

Os eventos ficaram caros demais, por que tinha um nicho de mercado enorme, mas apesar de enorme, o Brasil é o Brasil minha gente, terceiro mundo... Não é todo mundo que tem grana pra bancar evento caro. - E mete caro nisso. A cada ano foi ficando mais e mais caro como se dissessem: "vamos ver até onde esses trouxas pagam". Só que os trouxas cansaram de pagar e os eventos miaram...

E além de ser caro, com a popularização da cultura Otaku, abriam se as porteiras para o HUE-BR invadirem e HUEzarem tudo.

E antes de você vir atacar pedra falando que é preconceito e tal, pense no quão legal é você andar por um evento com um monte de gente com tocas de bichinho de pelúcia, placas de "abraço grátis", cosplay de armário, insultando quem não é assim, criando mini-tribos, excluíndo Otakus mais pobres e negros (por que não tem o cabelinho "emo" do ~pacote otaku~. E não nega não, que eu já vi...) e depois, quando falam que animê é coisa de criança, eles fazem beiçinho e correm pro quarto...




Você Otaku Hater agora.
Enfim.

Mas o que tem isso a ver com Ataque de Titãs?

Tem a ver, que desde 2008 que não acompanho mais NADA da cultura JP. Por todos esses motivos e por um mais simples de explicar: Nada mais me interessou mesmo...


Death Note, o último universo japonês em que vivi...
Então, o Death Note, foi o marco final. A gota d'água mesmo foi quando fui comprar o spin off do L (Death Note - Another Note: O Caso dos Assassinatos em Los Angeles) e só um mangá, valia quase a coleção completa de 13 Voumes... (30 Dilmas a edição, Vs. 13 Dilmas a série)

Eu percebi que tinha alguém - ou vários - tentando foder com meu bolso...

Não assisti mais nada, não li mais nada e comecei a fazer outras coisas da vida. Acredito que o efeito foi o mesmo em outros Otakus, por que o """"movimento"""" esfriou e hoje em dia, não existem mais tantos Otakus como na proporção de 2008...

Então, depois de todo esse trololó, chegamos ao ponto que eu queria.


Ataque dos Titãs é bom?

Hum... Vamos ver... Questão técnica:








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Hum... Parece bom... E o filme?

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É... Acho que é bonzinho né...

Pois bem, vou começar contando marromenos e na versão "Cérebro Voltaiko" o que é essa série:

Um dia, um bando de gigantes vindos da puta que o pariu, destruíram a humanidade quase inteira, os poucos que sobraram - Sem tecnologia, mão de obra, recursos e fugindo dos titãs - construíram não só uma, mas TRÊS, muralhas concêntricas e começaram a viver dentro delas.

As muralhas: Maria, Rose e Sina.

Estou zoando com isso, mas deve ter uma explicação plausível, por motivos que não vou dizer aqui pra não dar spoiler.

Outra coisa que achei meio absurda, mas que também deve ter explicação na segunda temporada é o seguinte: Quando os Titãs Colossais - Existem vários tipos de titãs - aparecem, eles aparecem graças á um raio que cai FORA DAS MURALHAS, ora essa, por que não cair dentro direto? Se você assistir, você vai ver que tudo gira em torno de deixar os Titãs para fora...

Mas, como disse, acho que vai ter explicação, só não falo o por que eu acho, pra não dar spoiler...

Bom, daí que os Titãs aparecem e destroem tudo. E quando os titãs atacam quem defende? Sim a Legião Urbana...

Mas você...







Hum... Não.

Mas é bem isso mesmo. Tem as forças expedicionárias que além de ir para fora da muralha fazer o serviço dos batedores, protegem a população em tempos de crise, existem três forças principais no mundo de SnK.


E pra aumentar a situação, já há uns cem anos não ocorre nenhum ataque da parte dos titãs, sendo que algumas pessoas nem acredita mais na existência deles, vivendo sossegadamente suas vidas. E é nesta pegada que aparece o jofem Eren Jaeger, Mikasa Ackerman e Armin Arlelt, que se unem pela amizade e amor em nome da proteção da humanidade.

Que bunito.

Mais é Attack ou Sailor Moon mano?


Agora, visto assim, parece ser um animê beem bobinho né? Eu mesmo não me empolguei com ele e como disse acima, desde o tempo do Death Note que eu não curtia mais nada do tipo e nem dava nenhuma chanchinha pra nada do tipo.

Porém, a maior parte dos meus amigos, me conhece mais do que eu, e um monte deles me indicaram SnK com a mais absoluta promessa que ia ser o animê da minha vida.

Bom, eles acertaram filosdaputas <3 ...


O Animê.



Comecei pelo animê, e até agora enquanto escrevo, não li o mangá ainda por não $aber $e vale a pena...

Então, vou falar do que sei.

Bom, acho que não seria exagero dizer que SnK é o MELHOR animê que saiu nos últimos tempos. E não sou só eu que penso assim. Pensando nos dados da recepção do mangá, ele já vendeu 50 milhões de volumes, o jornal japonês Mainichi Shimbun classifica-o como o mangá da década quebrando o One Piece.

O que torna SnK um animê sensacional, é que o diretor do animê (Tetsurō Araki, o mesmo do Death Note) manja das capoêra dos paranauê chocante.

É certamente o animê mais equilibrado que já vi, humor, ação, aventura, drama, terror... E outra coisa, vá plot twist aí... No final do primeiro episódio eu arrepiei tanto, que minha pele quase caiu do osso...

Quando você acha que tá tudo sussa acontece uma e você fica tipo: "OOOOWWW CARALHO, MAS COMO ASSIM?!?"

Mais plot twist que Harry Potter e mais morte que Game of Thrones. Contudo, menos filho-da-puta que a obra do Martin matador...

Outra coisa que achei foda: Tem algumas coisas que só funcionam em mídias certas, por exemplo, tem uma hora no animê que eles vão retomar um território dos titãs, a explicação da ação militar é mostrada com a estética dos filmes da segunda guerra mundial. Ou quando os mapas aparecem na tela tipo vídeo-game na segunda fase do animê.

A segunda parte do animê eu achei muito boa, mas jogou muita explicação Deus-Ex-Machina na cara. Tipo a explicação da motivação da "Titã fêmea", e outras do tipo. Até o mote fica meio estranho na segunda parte e acaba meio que nem o Lost, que apesar de satisfatório, deixou mais perguntas que respostas.

Mas pela mentalidade capitalista, claro que foi proposital, por que assim poderiam garantir as próximas temporadas e tal.

O que eu gostei de verdade mesmo foi a Batalha de Trost.

Mano, foi a sequência mais bem desenvolvida que já vi em um animê desde Full Metal Alchemist.

Se não viu ainda, corre pra ver.


Full Metal é meu segundo animê favorito, e é muito parecido nas temáticas com SnK. Só que FMA ainda é melhor.

SnK tem muita possibilidade de vir a superá-lo, por que FMA ainda é melhor por que teve mais tempo pra desenvolver a história, sendo que SnK ainda não teve este tempo de maturação. Mas no geral, os dois estão pau á pau.

Na batalha de Trost é contado um episódio de reconquista de território no estilo "Segunda Guerra Mundial". Então você vê os caras perdendo território, ficando sem suprimento, tentando tática de guerrilha, ficando louco com o tempo, tudo numa narrativa perfeitamente amarrada e muito pesada.

Acho que foi o ponto principal pela minha paixonite pelo SnK. A narrativa é primorosa!

Outra coisa, a trilha sonora...

Gzuiz de Nazaré... Que trilha magnífica! Além das músicas de abertura serem absurdas de boas (a do primeiro encerramento achei besta) a trilha do desenho é muito foda, não dá pra assistir quieto, é a trilha mais "encaixável" que já vi. E mistura um monte de referências também, tipo música latina, soul, taikô, até ópera Russa. Altamente recomendada pra quem curte trilha de animês.


O Filme.



Então, depois de assistir o animê eu endoidei atrás do filme...

Ah sim, também endoidei atrás do animê e comprei lá os dois DVDs por que meu PC é bem fraquinho coitado, tão doente...

Bom, o filme eu assisti depois do animê e acho que os fãs mais xiitas não vão curtir não...

Por que o filme não tem muito a ver com o animê, apesar de estar tudo lá, acontece de um jeito diferente. Maaaaaas, fanzete quer ver o animê interpretado por gente, e vai acontecer que um dia vocês vão ler uma resenha de fanzete dizendo que é uma bosta por que não tem nada a ver com o animê...

Eu, pra variar, amei.

Amei por que foi um filme ULTRA foda.

Pode não ter muito do animê, mas tem uma estética própria. Parece filme de terror B, dos anos 80. Muito, mas muito sangue e gore, e até uma pegada meio hentai que me pegou de surpresa, por que eu tinha acabado de ver o Live-Action do Gantz e Samurai X e são tudo PG-13, tudo bonito e tal e me esqueci que o mesmo Japão que faz isso, faz Battle Royale...

Também, estúdios Toho...



Nesse eu posso confiar...

Maluco se eu já estava vidrado no animê, o filme foi só a pá de cal...

Fiquei sem dormir, fiquei com febre, falava sozinho... Nossa fiquei muito pirado com esse filme que já se tornou um favorito!!

~ Pff, que exagero ~

Anyway...

Não tem, como disse agora a pouco, o mesmo que acontece no animê, mas é muito bom. Uma das maiores diferenças - e uma das mais non-sense também - foi ter carro. Ora essa, de onde vem a gasolina deles? A não ser, é claro, que eles tenham algum combustível alternativo...

Mas a pegada do filme é o seguinte: Não é um filme pra ser levado a sério mesmo. Ele é de verdade um filme pra assistir sem se importar com furo no roteiro, por que ele foi feito na pegada do Machete, foi feito pra ser beeem trash mesmo. Tem até uns exageros tipo explosão e sangue na tela (que eu exultei nessa cena, foda-se) e uma cena que é EXATAMENTE igual á uma morte da abertura.

A trilha já é bem fraquinha, não curti não...

Mas é o de menos, dada a qualidade da trilha do animê. E tem o Jun Kunimura que se você não lembra dele é esse aqui ó:



EHUAEHAUEHAUEHAUEAHUEAHEUAHEUAHEAUHEUAHEHUAEHAUEEUAHEU

Tá peraí.... Esse ó:




Kkkkkkk igualzinho meu pai... Se bem que japonês é tudo igual mesmo KKKKKKK

Se meu pai lê isso ele corta minha cabeça.

Enfim, recomendadíssimo.

ALIÁS, nas minhas andanças pela terra pós-apocalíptica que é a internet, achei isso aqui ó:

Quem entendeu põe o dedo... Ah, deixa prá lá...

Esse aí, não sei se recomendo não...


***

Eeeeeh cabou, cabou... É isso, por hoje é só minha gente, foi isso aí que eu achei tanto do animê, quanto do filme do Attack On Titan, se eu ler o mangá (aceito doações) eu faço um post sobre ele, mas por hoje, fico por aqui.

Então dá uma força aí pra tropa de exploração e compartilha nos face aí o textículo, comenta aí o que achou e até a próxima se Jesus quiser!

Abraço meu povo!







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